Motorola Moto G100

Moto G100: O Intermediário Premium da Motorola Vale a Pena?
O Moto G100 chegou ao mercado brasileiro com a promessa de entregar desempenho de top de linha, mas com um precinho mais acessível. E isso, claro, chamou a atenção de muita gente. Mas será que o celular realmente cumpre tudo o que promete?
Neste review completo, vamos analisar design, tela, desempenho, bateria, câmeras e os recursos extras desse aparelho que quer brigar com os grandes — sem custar uma fortuna.
Design: Entre o Básico e o Premium
Visualmente, o Moto G100 fica no meio do caminho entre a linha Moto G 5G e os modelos da família Edge. Ele não tem a elegância das telas curvas dos tops da Motorola, mas também não parece um intermediário qualquer com acabamento simples.
O design lembra muito o Moto G 5G Plus, com o mesmo tamanho e peso. Há dois furos na tela no canto superior esquerdo, enquanto a traseira abriga um conjunto de câmeras que lembra um cooktop — tendência nos modelos recentes.
Disponível nas cores azul com efeito verde-roxo e branco cromado, o Moto G100 chama atenção pelo visual vibrante, mesmo sem grandes inovações.
Outro ponto interessante é o leitor de digitais, que saiu da traseira e foi integrado ao botão de energia, na lateral. E sim, ele funciona muito bem — responde rápido ao toque e ainda permite ativar gestos personalizados.
Conectividade: Tudo Que Você Precisa (e Mais um Pouco)
Aqui, o Moto G100 é bem completo: ele tem Wi-Fi 6, Bluetooth 5.1, NFC, suporte a redes 5G e ainda vem com cabo HDMI na versão mais completa, pronto para usar o Ready For, o modo desktop da Motorola. E já já falamos melhor sobre isso.
Tela: Grande, Fluida e com Suporte a HDR
O display de 6,7” no formato 21:9 oferece uma experiência cinematográfica, com resolução Full HD+, 90 Hz de taxa de atualização e HDR10. Isso garante fluidez nos vídeos e nos jogos, e cores mais vibrantes na maioria dos conteúdos.
Mas nem tudo é perfeito. O brilho máximo deixa a desejar em ambientes muito iluminados, e como a tela é LCD, o preto tende a parecer acinzentado, especialmente em comparação com telas AMOLED.
Áudio: Som Mono e Pouco Imersivo
Enquanto os modelos da linha Edge trazem som estéreo, o Moto G100 ficou com apenas uma saída de som. E sim, isso afeta a experiência multimídia, principalmente em filmes e jogos.
O som é alto, mas falta equilíbrio: os agudos são exagerados, os médios quase não aparecem, e os graves… bem, nem se fala. Isso pode até ajudar em vídeos, onde as vozes ganham destaque, mas é uma falha séria para quem curte música ou assiste muitos filmes no celular.
Desempenho: Snapdragon 870 e 12 GB de RAM
Aqui o Moto G100 brilha! Ele é o primeiro celular com Snapdragon 870 no Brasil, e ainda traz impressionantes 12 GB de RAM — mais até que o Galaxy S21 nacional.
O desempenho é fluido em tudo. Seja para navegar entre apps, abrir jogos pesados ou usar multitarefas, o G100 se sai muito bem. Em testes de benchmark, ele até supera o Snapdragon 865+ do Edge Plus, mas fica abaixo dos modelos com Snapdragon 888 — o que já era esperado.
Rodamos jogos como Genshin Impact com boa fluidez, apesar de nem sempre alcançar os 90 Hz prometidos. Mas isso é mais limitação do jogo do que do aparelho.
Bateria: Dura Muito e Carrega Razoavelmente Rápido
Com 5.000 mAh, o Moto G100 oferece ótima autonomia, mesmo com tela grande e taxa de atualização alta. Em uso moderado, você pode chegar a dois dias longe da tomada. Em uso intenso, passa de um dia tranquilo.
O carregador Turbo Power entrega recargas rápidas: em 15 minutos, você tem 22% de carga, e em meia hora, chega a 40%. De 0 a 100%, o tempo é de menos de 2 horas, o que já é um avanço para a marca.
Ready For: Transformando o Celular em PC
Um dos grandes diferenciais do Moto G100 é o modo Ready For. Com ele, você pode conectar o celular em uma TV ou monitor e usar o sistema em modo desktop — como se fosse um computador portátil.
Você pode:
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Conectar mouse e teclado (Bluetooth ou com fio);
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Usar o celular como touchpad;
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Fazer videochamadas com a câmera do celular;
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Jogar em tela grande com controle Bluetooth;
Transformar sua TV simples em uma Smart TV com Android.
Câmeras: Competente, Mas Nada Revolucionário
O conjunto traseiro traz:
Principal de 64 MP
Ultra-wide com foco automático
Sensor de profundidade
E o sensor ToF (para medição de profundidade)
As fotos têm boa nitidez e cores naturais em ambientes bem iluminados. A câmera ultra-wide se sai bem durante o dia, mas sofre bastante em baixa luz. O modo noturno existe, mas não faz milagre.
A câmera frontal tem dois sensores: um principal de 16 MP e outro ultra-wide, que ajuda nas selfies em grupo. Mas novamente, o desempenho cai muito em lugares escuros, com perda de nitidez e cores lavadas.
Nos vídeos, a principal filma em até 6K, e a frontal e a ultra-wide têm suporte limitado. A captura de áudio é boa, e dá até para gravar com as duas câmeras ao mesmo tempo.
Atualizações: Um Ponto Fraco
O Moto G100 vem com Android 11 e deve receber apenas uma atualização de sistema — o que é pouco, considerando que marcas como Samsung oferecem três anos de suporte.
A Motorola também não garante atualizações mensais de segurança, o que pode pesar na hora da escolha para quem se preocupa com longevidade.
Vale a Pena Comprar o Moto G100?
Se você não faz tanta questão de câmeras perfeitas, o Moto G100 vai te agradar muito. Ele é rápido, resistente, tem bateria duradoura e ainda traz o Ready For, que adiciona bastante valor.
Mas, se você prioriza fotografia e multimídia, talvez valha considerar o Galaxy S20 FE, que tem câmeras melhores e som estéreo, mesmo com desempenho inferior.
E se você quer um top de linha da própria Motorola, o Edge Plus ainda é o mais completo — com câmera superior e melhor experiência multimídia.
Conclusão: O Moto G100 é para Quem Quer Desempenho sem Gastar Demais
O Moto G100 acerta no desempenho, na bateria e nos recursos extras, mas deixa a desejar em aspectos como áudio, brilho da tela e câmeras noturnas. Ele tenta entregar muito, mas faz bem o básico com alguns diferenciais.
E mesmo com preço de lançamento em torno de R$ 4.000, ele já aparece mais barato por aí — o que o torna uma opção justa em tempos de celulares intermediários custando mais de R$ 3.000.
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